20 de fevereiro de 2019 escrito por: Marcia Regina Nunes de Souza
CRIANÇA QUE PERDEU OLHO DIREITO APÓS CIRURGIA DE CATARATA CONGÊNITA EM HOSPITAL PÚBLICO SERÁ INDENIZADA
Sexta Turma do TRF3 condenou a Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (MS) e o médico responsável pelo procedimento a pagar R$ 100 mil ao paciente em vista da infecção hospitalar contraída pela vítima. APELAÇÃO CÍVEL Nº 0000735-23.2009.4.03.6006/MS
CRIANÇA QUE PERDEU OLHO DIREITO APÓS CIRURGIA DE CATARATA CONGÊNITA EM HOSPITAL PÚBLICO SERÁ INDENIZADA
Sexta Turma do TRF3 condenou a Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (MS) e o médico responsável pelo procedimento a pagar R$ 100 mil ao paciente em vista da infecção hospitalar contraída pela vítima. APELAÇÃO CÍVEL Nº 0000735-23.2009.4.03.6006/MS
CRIANÇA QUE PERDEU OLHO DIREITO APÓS CIRURGIA DE CATARATA CONGÊNITA EM HOSPITAL PÚBLICO SERÁ INDENIZADA
Sexta Turma do TRF3 condenou a Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (MS) e o médico responsável pelo procedimento a pagar R$ 100 mil ao paciente em vista da infecção hospitalar contraída pela vítima. APELAÇÃO CÍVEL Nº 0000735-23.2009.4.03.6006/MS
Trata-se de um Apelo em que o TRF-3, julgando um caso de perda de membro por Infecção Hospitalar, cuja sentença de primeira instância decidira pela improcedência do feito, trouxe uma reflexão sobre esse mal que se alastra em centros cirúrgicos e, melhor do que isso, o acórdão carregou ensinamentos do mundo da CCIH sobre o tema, vejamos:
Nesse passo cabe um parêntese para, com a devida vênia, dizer que a afirmação constante da r. sentença, no sentido de que “Com efeito, tendo em vista que a alta foi realizada no mesmo dia do procedimento cirúrgico sequer é possível afirmar que o Requerente apresentou infecção hospitalar, haja vista que diante do pequeno lapso temporal que permaneceu no nosocômio provavelmente a infecção é decorrente de fato superveniente e externo”, é extremamente temerária, haja vista que os centros cirúrgicos dos hospitais é, reconhecidamente, um local com altíssimos índices de contaminação com consequentes processos infecciosos pós-operatórios.
Tanto é assim, que diversas instituições médicas de renome no país têm divulgado estudos a respeito do assunto que se revela uma preocupação mundial. Senão vejamos alguns exemplos e as conclusões a que chegaram:
Revista Baiana de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia
https://portalseer.ufba.br/index.php/enfermagem/article/view/9085
CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR NO CENTRO CIRÚRGICO: REVISÃO INTEGRATIVA.
Ubiane Oiticica Porto Reis
Resumo
Esse estudo tem por objetivo identificar a importância dada ao controle de infecção hospitalar no centro cirúrgico na perspectiva da equipe de enfermagem. Trata-se de um estudo do tipo revisão integrativa da literatura. Para tal, foi desenvolvido um levantamento bibliográfico focando nas pesquisas que abordasse temas sobre o Controle da Infecção em Centro Cirúrgicos na perspectiva da Equipe de Enfermagem. Após análise notou-se que há uma preocupação por parte da equipe de enfermagem em diversas perspectivas e olhares sob o controle de infecção hospitalar dentro dos centros cirúrgicos. Ressalta-se a importância da recorrência dessa discussão para sensibilizar os profissionais da enfermagem. Torna-se importante a discussão para sensibilização os profissionais da enfermagem, buscando alternativas para melhorar o processo de manejo das infecções hospitalares.
[…]
MADRE CIÊNCIA – SAÚDE – GRUPO MADRE TEREZA, da FACULDADE MADRE TEREZA, no AMAPÀ
https://grupomadretereza.com.br/revista/index.php/saude/article/view/14
INFECÇÃO HOSPITALAR NO CENTRO CIRÚRGICO: PRINCIPAIS AGENTES CAUSADORES, FATORES DE RISCOS E MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Alesandra Vasconcelos dos Passos, Iolanda Lúcia Gonçalves Bastos, Josielma Alves da Silva, Robson Adachi dos Santos
Resumo
A Infecção Hospitalar (IH) é um problema do mundo inteiro e nenhuma unidade hospitalar atinge índice zero de infecção e é preciso ter padrão de controle e critérios de fiscalização para diminuir ao máximo os riscos, visando assegurar a integridade dos pacientes principalmente em Centro Cirúrgico (CC). A presente pesquisa apresentou como objetivo identificar os principais agentes causadores, fatores de risco e medidas de prevenção de infecção hospitalar no Centro Cirúrgico (CC) do Hospital Estadual de Santana (HES), na percepção dos profissionais de saúde atuantes no local. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de campo descritiva e exploratória com abordagem quantitativa com equipes de profissionais que atuam no Centro Cirúrgico, por meio de um questionário do tipo fechado, além de coleta de dados nos prontuários de pacientes que tenham sido submetidos a cirurgias no CC do HES no ano de 2013 e 2014. Os resultados da pesquisa mostraram que o perfil do profissional de saúde que atuam no CC do HES é 54% mulheres, a faixa etária destes profissionais está entre 31 a 50 anos de idade (76%), com 38% dos profissionais possuindo nível superior, dos quais 19% médicos e 19% enfermeiros, e 62% sendo técnicos de enfermagem. Na concepção dos profissionais que atuam no CC do HES, o maior índice de agente causadores são bactérias (81%) e os principais fatores de riscos são a falta de materiais de Equipamentos de Proteção Individual (44%). Em relação às medidas de prevenção, 44% dos profissionais acreditam que a lavagem das mãos corretamente pode prevenir IH. A partir do trabalho realizado ficou evidente que a IH apresenta-se como um grave problema de saúde pública e que representa um grande desafio a ser enfrentado pelo poder público na efetivação das ações de prevenção e controle de infecção nas instituições hospitalares. Acredita-se que o perfil dos profissionais que atuam no CC apresenta uma formação profissional que correspondem às exigências impostas pelo ambiente hospitalar, que permite a integridade dos pacientes, no entanto, as circunstâncias ambientais (estrutura do CC) e a falta de material passam a comprometer esse atendimento.
A própria ANVISA, bem como a USP, também divulgaram trabalhos extensos de pesquisa e recomendações para a área médica a respeito desse assunto:
Anvisa
Infecção do sítio cirúrgico Medidas de prevenção – com 80 páginas, inclusive com referência feitas a literatura estrangeira sobre a matéria.
Dr. Renato Satovschi Grinbaum Coordenador GE-CIH Hosp. Servidor Público Estadual Doutor em DIP – Unifesp Hosp. Beneficência Portuguesa Comitê Estadual de IH – São Paulo São Paulo
[…]
A Revista da Escola de Enfermagem da USP
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342006000200009
Divulgou um longo relato de pesquisa chamado:
Auxiliares e Técnicos de enfermagem e controle de infecção hospitalar em centro cirúrgico: mitos e verdades.
Ou seja, a infecção nos centros cirúrgicos ocorre com preocupante normalidade e frequência, chamando a atenção de técnicos e estudiosos de todo o mundo, razão pela qual, é perfeitamente possível que o paciente saia do centro cirúrgico já infectado, vindo a apresentar um quadro infeccioso, independentemente, portanto, do período que permaneça nas dependências do hospital. (negritamos)
Destaca-se do texto: Na concepção dos profissionais que atuam no CC do HES, o maior índice de agente causadores são bactérias (81%) e os principais fatores de riscos são a falta de materiais de Equipamentos de Proteção Individual (44%).
A decisão é importante, na medida em que reconhece firmemente que a infecção hospitalar é um grave, ou talvez o mais grave dos problemas que acometem a grande maioria dos centros cirúrgicos no país. O número alto de bactérias microrresistentes convivem, se propagam e penetram pacientes, sobretudo, graças à negligência contumaz de uma grande parte dos profissionais de saúde que não fazem o uso constante e metódico de formas básicas de meios de prevenção desse mal, entre eles, principalmente, a correta lavagem de mãos.
Parece incrível que, tendo-se descoberto há quase dois séculos , que as bactérias chegam aos pacientes de centros cirúrgicos, via de regra, pelas mãos dos operadores da saúde, ainda existe forte resistência de médicos, enfermeiros e outros profissionais que circulam em hospitais, a realizar a correta, frequente e imprescindível higienização de mãos.
E no caso examinado, como bem acrescentou a decisão, caberia ao Hospital fazer prova de que o paciente não fora contaminado por bactéria multirresistente ou resistente, típica de ambiente hospitalar, pois a responsabilidade dos entes hospitalares é objetiva e/ou que essa infecção não fora a causa da sequela irreversível sofrida pela pequena criança. .
Escrito por Marcia Regina Nunes de Souza. OAB/PR 12.509
Sócia fundadora do Marcia Nunes Advocacia. Curitiba. Desde 1985.
MBA em Infecção Hospitalar e especialista em processos de indenização por erro médico
Trata-se de um Apelo em que o TRF-3, julgando um caso de perda de membro por Infecção Hospitalar, cuja sentença de primeira instância decidira pela improcedência do feito, trouxe uma reflexão sobre esse mal que se alastra em centros cirúrgicos e, melhor do que isso, o acórdão carregou ensinamentos do mundo da CCIH sobre o tema, vejamos:
Nesse passo cabe um parêntese para, com a devida vênia, dizer que a afirmação constante da r. sentença, no sentido de que “Com efeito, tendo em vista que a alta foi realizada no mesmo dia do procedimento cirúrgico sequer é possível afirmar que o Requerente apresentou infecção hospitalar, haja vista que diante do pequeno lapso temporal que permaneceu no nosocômio provavelmente a infecção é decorrente de fato superveniente e externo”, é extremamente temerária, haja vista que os centros cirúrgicos dos hospitais é, reconhecidamente, um local com altíssimos índices de contaminação com consequentes processos infecciosos pós-operatórios.
Tanto é assim, que diversas instituições médicas de renome no país têm divulgado estudos a respeito do assunto que se revela uma preocupação mundial. Senão vejamos alguns exemplos e as conclusões a que chegaram:
Revista Baiana de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia
https://portalseer.ufba.br/index.php/enfermagem/article/view/9085
CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR NO CENTRO CIRÚRGICO: REVISÃO INTEGRATIVA.
Ubiane Oiticica Porto Reis
Resumo
Esse estudo tem por objetivo identificar a importância dada ao controle de infecção hospitalar no centro cirúrgico na perspectiva da equipe de enfermagem. Trata-se de um estudo do tipo revisão integrativa da literatura. Para tal, foi desenvolvido um levantamento bibliográfico focando nas pesquisas que abordasse temas sobre o Controle da Infecção em Centro Cirúrgicos na perspectiva da Equipe de Enfermagem. Após análise notou-se que há uma preocupação por parte da equipe de enfermagem em diversas perspectivas e olhares sob o controle de infecção hospitalar dentro dos centros cirúrgicos. Ressalta-se a importância da recorrência dessa discussão para sensibilizar os profissionais da enfermagem. Torna-se importante a discussão para sensibilização os profissionais da enfermagem, buscando alternativas para melhorar o processo de manejo das infecções hospitalares.
[…]
MADRE CIÊNCIA – SAÚDE – GRUPO MADRE TEREZA, da FACULDADE MADRE TEREZA, no AMAPÀ
https://grupomadretereza.com.br/revista/index.php/saude/article/view/14
INFECÇÃO HOSPITALAR NO CENTRO CIRÚRGICO: PRINCIPAIS AGENTES CAUSADORES, FATORES DE RISCOS E MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Alesandra Vasconcelos dos Passos, Iolanda Lúcia Gonçalves Bastos, Josielma Alves da Silva, Robson Adachi dos Santos
Resumo
A Infecção Hospitalar (IH) é um problema do mundo inteiro e nenhuma unidade hospitalar atinge índice zero de infecção e é preciso ter padrão de controle e critérios de fiscalização para diminuir ao máximo os riscos, visando assegurar a integridade dos pacientes principalmente em Centro Cirúrgico (CC). A presente pesquisa apresentou como objetivo identificar os principais agentes causadores, fatores de risco e medidas de prevenção de infecção hospitalar no Centro Cirúrgico (CC) do Hospital Estadual de Santana (HES), na percepção dos profissionais de saúde atuantes no local. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de campo descritiva e exploratória com abordagem quantitativa com equipes de profissionais que atuam no Centro Cirúrgico, por meio de um questionário do tipo fechado, além de coleta de dados nos prontuários de pacientes que tenham sido submetidos a cirurgias no CC do HES no ano de 2013 e 2014. Os resultados da pesquisa mostraram que o perfil do profissional de saúde que atuam no CC do HES é 54% mulheres, a faixa etária destes profissionais está entre 31 a 50 anos de idade (76%), com 38% dos profissionais possuindo nível superior, dos quais 19% médicos e 19% enfermeiros, e 62% sendo técnicos de enfermagem. Na concepção dos profissionais que atuam no CC do HES, o maior índice de agente causadores são bactérias (81%) e os principais fatores de riscos são a falta de materiais de Equipamentos de Proteção Individual (44%). Em relação às medidas de prevenção, 44% dos profissionais acreditam que a lavagem das mãos corretamente pode prevenir IH. A partir do trabalho realizado ficou evidente que a IH apresenta-se como um grave problema de saúde pública e que representa um grande desafio a ser enfrentado pelo poder público na efetivação das ações de prevenção e controle de infecção nas instituições hospitalares. Acredita-se que o perfil dos profissionais que atuam no CC apresenta uma formação profissional que correspondem às exigências impostas pelo ambiente hospitalar, que permite a integridade dos pacientes, no entanto, as circunstâncias ambientais (estrutura do CC) e a falta de material passam a comprometer esse atendimento.
A própria ANVISA, bem como a USP, também divulgaram trabalhos extensos de pesquisa e recomendações para a área médica a respeito desse assunto:
Anvisa
Infecção do sítio cirúrgico Medidas de prevenção – com 80 páginas, inclusive com referência feitas a literatura estrangeira sobre a matéria.
Dr. Renato Satovschi Grinbaum Coordenador GE-CIH Hosp. Servidor Público Estadual Doutor em DIP – Unifesp Hosp. Beneficência Portuguesa Comitê Estadual de IH – São Paulo São Paulo
[…]
A Revista da Escola de Enfermagem da USP
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342006000200009
Divulgou um longo relato de pesquisa chamado:
Auxiliares e Técnicos de enfermagem e controle de infecção hospitalar em centro cirúrgico: mitos e verdades.
Ou seja, a infecção nos centros cirúrgicos ocorre com preocupante normalidade e frequência, chamando a atenção de técnicos e estudiosos de todo o mundo, razão pela qual, é perfeitamente possível que o paciente saia do centro cirúrgico já infectado, vindo a apresentar um quadro infeccioso, independentemente, portanto, do período que permaneça nas dependências do hospital. (negritamos)
Destaca-se do texto: Na concepção dos profissionais que atuam no CC do HES, o maior índice de agente causadores são bactérias (81%) e os principais fatores de riscos são a falta de materiais de Equipamentos de Proteção Individual (44%).
A decisão é importante, na medida em que reconhece firmemente que a infecção hospitalar é um grave, ou talvez o mais grave dos problemas que acometem a grande maioria dos centros cirúrgicos no país. O número alto de bactérias microrresistentes convivem, se propagam e penetram pacientes, sobretudo, graças à negligência contumaz de uma grande parte dos profissionais de saúde que não fazem o uso constante e metódico de formas básicas de meios de prevenção desse mal, entre eles, principalmente, a correta lavagem de mãos.
Parece incrível que, tendo-se descoberto há quase dois séculos , que as bactérias chegam aos pacientes de centros cirúrgicos, via de regra, pelas mãos dos operadores da saúde, ainda existe forte resistência de médicos, enfermeiros e outros profissionais que circulam em hospitais, a realizar a correta, frequente e imprescindível higienização de mãos.
E no caso examinado, como bem acrescentou a decisão, caberia ao Hospital fazer prova de que o paciente não fora contaminado por bactéria multirresistente ou resistente, típica de ambiente hospitalar, pois a responsabilidade dos entes hospitalares é objetiva e/ou que essa infecção não fora a causa da sequela irreversível sofrida pela pequena criança. .
Escrito por Marcia Regina Nunes de Souza. OAB/PR 12.509
Sócia fundadora do Marcia Nunes Advocacia. Curitiba. Desde 1985.
MBA em Infecção Hospitalar e especialista em processos de indenização por erro médico
Trata-se de um Apelo em que o TRF-3, julgando um caso de perda de membro por Infecção Hospitalar, cuja sentença de primeira instância decidira pela improcedência do feito, trouxe uma reflexão sobre esse mal que se alastra em centros cirúrgicos e, melhor do que isso, o acórdão carregou ensinamentos do mundo da CCIH sobre o tema, vejamos:
Nesse passo cabe um parêntese para, com a devida vênia, dizer que a afirmação constante da r. sentença, no sentido de que “Com efeito, tendo em vista que a alta foi realizada no mesmo dia do procedimento cirúrgico sequer é possível afirmar que o Requerente apresentou infecção hospitalar, haja vista que diante do pequeno lapso temporal que permaneceu no nosocômio provavelmente a infecção é decorrente de fato superveniente e externo”, é extremamente temerária, haja vista que os centros cirúrgicos dos hospitais é, reconhecidamente, um local com altíssimos índices de contaminação com consequentes processos infecciosos pós-operatórios.
Tanto é assim, que diversas instituições médicas de renome no país têm divulgado estudos a respeito do assunto que se revela uma preocupação mundial. Senão vejamos alguns exemplos e as conclusões a que chegaram:
Revista Baiana de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia
https://portalseer.ufba.br/index.php/enfermagem/article/view/9085
CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR NO CENTRO CIRÚRGICO: REVISÃO INTEGRATIVA.
Ubiane Oiticica Porto Reis
Resumo
Esse estudo tem por objetivo identificar a importância dada ao controle de infecção hospitalar no centro cirúrgico na perspectiva da equipe de enfermagem. Trata-se de um estudo do tipo revisão integrativa da literatura. Para tal, foi desenvolvido um levantamento bibliográfico focando nas pesquisas que abordasse temas sobre o Controle da Infecção em Centro Cirúrgicos na perspectiva da Equipe de Enfermagem. Após análise notou-se que há uma preocupação por parte da equipe de enfermagem em diversas perspectivas e olhares sob o controle de infecção hospitalar dentro dos centros cirúrgicos. Ressalta-se a importância da recorrência dessa discussão para sensibilizar os profissionais da enfermagem. Torna-se importante a discussão para sensibilização os profissionais da enfermagem, buscando alternativas para melhorar o processo de manejo das infecções hospitalares.
[…]
MADRE CIÊNCIA – SAÚDE – GRUPO MADRE TEREZA, da FACULDADE MADRE TEREZA, no AMAPÀ
https://grupomadretereza.com.br/revista/index.php/saude/article/view/14
INFECÇÃO HOSPITALAR NO CENTRO CIRÚRGICO: PRINCIPAIS AGENTES CAUSADORES, FATORES DE RISCOS E MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Alesandra Vasconcelos dos Passos, Iolanda Lúcia Gonçalves Bastos, Josielma Alves da Silva, Robson Adachi dos Santos
Resumo
A Infecção Hospitalar (IH) é um problema do mundo inteiro e nenhuma unidade hospitalar atinge índice zero de infecção e é preciso ter padrão de controle e critérios de fiscalização para diminuir ao máximo os riscos, visando assegurar a integridade dos pacientes principalmente em Centro Cirúrgico (CC). A presente pesquisa apresentou como objetivo identificar os principais agentes causadores, fatores de risco e medidas de prevenção de infecção hospitalar no Centro Cirúrgico (CC) do Hospital Estadual de Santana (HES), na percepção dos profissionais de saúde atuantes no local. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de campo descritiva e exploratória com abordagem quantitativa com equipes de profissionais que atuam no Centro Cirúrgico, por meio de um questionário do tipo fechado, além de coleta de dados nos prontuários de pacientes que tenham sido submetidos a cirurgias no CC do HES no ano de 2013 e 2014. Os resultados da pesquisa mostraram que o perfil do profissional de saúde que atuam no CC do HES é 54% mulheres, a faixa etária destes profissionais está entre 31 a 50 anos de idade (76%), com 38% dos profissionais possuindo nível superior, dos quais 19% médicos e 19% enfermeiros, e 62% sendo técnicos de enfermagem. Na concepção dos profissionais que atuam no CC do HES, o maior índice de agente causadores são bactérias (81%) e os principais fatores de riscos são a falta de materiais de Equipamentos de Proteção Individual (44%). Em relação às medidas de prevenção, 44% dos profissionais acreditam que a lavagem das mãos corretamente pode prevenir IH. A partir do trabalho realizado ficou evidente que a IH apresenta-se como um grave problema de saúde pública e que representa um grande desafio a ser enfrentado pelo poder público na efetivação das ações de prevenção e controle de infecção nas instituições hospitalares. Acredita-se que o perfil dos profissionais que atuam no CC apresenta uma formação profissional que correspondem às exigências impostas pelo ambiente hospitalar, que permite a integridade dos pacientes, no entanto, as circunstâncias ambientais (estrutura do CC) e a falta de material passam a comprometer esse atendimento.
A própria ANVISA, bem como a USP, também divulgaram trabalhos extensos de pesquisa e recomendações para a área médica a respeito desse assunto:
Anvisa
Infecção do sítio cirúrgico Medidas de prevenção – com 80 páginas, inclusive com referência feitas a literatura estrangeira sobre a matéria.
Dr. Renato Satovschi Grinbaum Coordenador GE-CIH Hosp. Servidor Público Estadual Doutor em DIP – Unifesp Hosp. Beneficência Portuguesa Comitê Estadual de IH – São Paulo São Paulo
[…]
A Revista da Escola de Enfermagem da USP
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342006000200009
Divulgou um longo relato de pesquisa chamado:
Auxiliares e Técnicos de enfermagem e controle de infecção hospitalar em centro cirúrgico: mitos e verdades.
Ou seja, a infecção nos centros cirúrgicos ocorre com preocupante normalidade e frequência, chamando a atenção de técnicos e estudiosos de todo o mundo, razão pela qual, é perfeitamente possível que o paciente saia do centro cirúrgico já infectado, vindo a apresentar um quadro infeccioso, independentemente, portanto, do período que permaneça nas dependências do hospital. (negritamos)
Destaca-se do texto: Na concepção dos profissionais que atuam no CC do HES, o maior índice de agente causadores são bactérias (81%) e os principais fatores de riscos são a falta de materiais de Equipamentos de Proteção Individual (44%).
A decisão é importante, na medida em que reconhece firmemente que a infecção hospitalar é um grave, ou talvez o mais grave dos problemas que acometem a grande maioria dos centros cirúrgicos no país. O número alto de bactérias microrresistentes convivem, se propagam e penetram pacientes, sobretudo, graças à negligência contumaz de uma grande parte dos profissionais de saúde que não fazem o uso constante e metódico de formas básicas de meios de prevenção desse mal, entre eles, principalmente, a correta lavagem de mãos.
Parece incrível que, tendo-se descoberto há quase dois séculos[1], que as bactérias chegam aos pacientes de centros cirúrgicos, via de regra, pelas mãos dos operadores da saúde, ainda existe forte resistência de médicos, enfermeiros e outros profissionais que circulam em hospitais, a realizar a correta, frequente e imprescindível higienização de mãos.
E no caso examinado, como bem acrescentou a decisão, caberia ao Hospital fazer prova de que o paciente não fora contaminado por bactéria multirresistente ou resistente, típica de ambiente hospitalar, pois a responsabilidade dos entes hospitalares é objetiva e/ou que essa infecção não fora a causa da sequela irreversível sofrida pela pequena criança.[2].
Escrito por Marcia Regina Nunes de Souza. OAB/PR 12.509
Sócia
fundadora do Marcia Nunes Advocacia. Curitiba. Desde 1985.
MBA em Infecção
Hospitalar e especialista em processos de indenização por erro médico
[1] Ignaz Phillip Semmelweis (s), (1818-1865), para combater o alto índice de morte de parturientes examinadas por patologistas, recomenda, então, a lavagem das mãos com água clorada a (“clorina líqüida”) . Essa medida salvadora foi iniciada em maio de 1847 e os resultados foram impressionantes, com queda da taxa de mortes, de 12,24% a 3,04% ao fim do primeiro ano e a 1,27% ao término do segundo (Enciclopédia Britânica, 1956). Obtinha-se, pois, um magnífico trabalho médico que praticamente abolia a doença mortal com o afastamento da responsabilidade dos próprios profissionais.
[2] (REsp 1511072/SP RECURSO ESPECIAL 2012/0257713-0 – Ministro MARCO BUZZI – QUARTA TURMA – Julgado em 05/05/2016 – Publicado no DJe de 13/05/2016)
Sou a Marcia. Advogada. Há 33 anos eu fundei meu escritório de advocacia em Curitiba, sonhando em atuar só em processos de indenização. Deu certo. De lá prá cá faço isso todo dia. Trabalho com indenização. De todos os tipos, modos e jeitos.
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